quinta-feira, 26 de março de 2009

Via Sacra Familiar!


"Aprendi a ter paciência - lhe dar com seres humanos é assustador se não tiver." Escrevi essa frase em um dos posts anteriores...
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Esses últimos dias têm sido realmente interessantes!
Descobri que há uma árvore genealógica bem completa da minha família por parte de mãe. Meu avô é descendente de índios pernambucanos e minha avó de portugueses obviamente da Europa.
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Meu tio distante, do Ceará, está passando uns dias em casa, e sentiu uma vontade muito grande de ver todos seus irmãos que há muitos anos não via. São 10 no total, com ele completam 11. Infelizmente não conseguirá visitar 2 irmãos.

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Vamos a curiosidade da família
contemporânea: a grande ausência de tudo e de todos!
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Quando eu era criança, eu conhecia todos meus primos, faziam churrascos freqüentes na casa dos avós, ia toda família e os famosos "amigos íntimos"... Era uma fofocaiada pra todo canto! Sabe quando junta tios e tios e avós né? Só sabem falar das travessuras e conquistas dos filhos.
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O ciclo da vida naturalmente age e pessoas queridas morrem.
Casas de avós são vendidas. Crianças viram adolescentes e logo em seguida adultos. Os adultos viram mais adultos...rs [...para não dizer 3ª idade nem velhice...]
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Alguns se casam, se mudam, têm filhos, poucos ou muitos filhos! Outros ainda nem namoram, tampouco pensam em casório. O que me admira atualmente, é, como pode alguém não saber nem conhecer os primos e tios que tem? Família, mesmo sangue, mesma raiz! Onde ficou, onde foi que perdemos o significado de família?
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"Ah mais fulano nunca veio em casa", "Ciclano não me liga", "Ninguém me convidou"... e etc. Frases típicas...
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Mas se nunca ninguém ligar, ninguém convidar, ninguém se manifestar, o "nunca" será sempre presente na vida de todos. Nunca haverá troca de cuidados e carinhos.

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O vô e a vó faleceram, mas e vocês que estão vivos?
É terrivelmente triste deixar para fazer reunião familiar nos enterros de parente. Afinal, o morto não vai poder participar da integração né?!...pelo menos não que eu saiba... Nós matamos o amor a toda hora, em cada negação de reencontro ou possibilidade de troca de afeição.
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Independente das crenças e caminhos que seguiram, o mesmo sangue ainda percorre na veia de todos! Quem ama tem paciência, e quem tem paciência aprende a amar!

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Vamos nos arrepender mais das coisas que realizamos, ao invés de ficarmos lamentando aquilo que não fazemos. Basta um gesto, um primeiro passo, uma atitude, uma vontade de restabelecer o grande privilégio que é amar! Chega de finais infelizes, isso não combina com o final que realmente queremos.

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